terça-feira, 13 de março de 2018

Controle da Hipertensão, garantia de qualidade de vida

A hipertensão arterial, mais conhecida como pressão alta, é uma das doenças mas freqüentes em todo o planeta. Um em cada cinco brasileiros é portador deste distúrbio.

Hoje, sabe-se que a doença é mais comum em pessoas com idade superior a 50 anos, mas dados comprovam que não existe idade para seu início, uma vez que o estilo de vida e o estresse interferem na incidência da doença.

Na maioria dos casos, a hipertensão arterial aparece de forma gradativa, silenciosamente, ou seja, não é observado qualquer sintoma pela pessoa. No entanto, quando eles ocorrem, podem ser vagos e confundidos com outras doenças, como dor de cabeça, tonturas e cansaço, ou até com sintomas mais intensos, como enjôos, falta de ar e sangramentos nasais.

O problema é que com o tempo, as conseqüências da pressão alta podem surgir e ser bastante graves. 

A hipertensão ocorre quando os níveis da pressão estão acima dos valores de referência para a população em geral. Esses valores são estipulados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e adotados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia como consenso.

Apesar do valor normal de pressão arterial ser entendido como em torno de 120×80 mmHg, variando pouco de pessoa a pessoa, considera-se alteração de pressão quando os valores são superiores a 140×90 mmHg.

Qualquer pessoa pode apresentar, esporadicamente, níveis de pressão arterial acima desses índices sem que seja considerado hipertenso. Isto pode ocorrer, por exemplo, em situações de atividade física mais forte, se tornando uma resposta normal e necessária do organismo como adequação ao esforço, devendo voltar ao normal poucos minutos após a sua interrupção.

Porém, não deve ultrapassar os limites também estipulados pelas entidades de saúde. O limite individual deve ser avaliado por especialistas da área. Somente a manutenção de níveis permanentemente altos em múltiplas medições, em diferentes horários, em várias posições e condições (repouso, sentado, deitado, em pé e em situações de esforço) caracteriza uma hipertensão arterial.

De acordo com especialistas, a medição da pressão arterial deve ser realizada apenas com aparelhos confiáveis, devidamente calibrados e por profissionais habilitados, sendo fundamental para um diagnóstico correto.



Monitoração 
Quando uma medida, mesmo eventual, de pressão arterial estiver acima do normal, deve-se procurar um médico. O diagnóstico deve ser confirmado pela medida da pressão em várias condições ao longo do dia.

Como nem sempre é possível que todas estas avaliações sejam feitas por profissionais habilitados e em equipamentos confiáveis, é importante seu médico solicitar que você realize alguns exames, como os de laboratório, eletrocardiograma, teste de esforço, ecocardiograma e principalmente um exame chamado de monitoração ambulatorial da pressão arterial (MAPA).

Esta monitoração consiste na colocação de um aparelho de medição de pressão a um monitor portátil (menor que um telefone celular) que registra todas as medidas realizadas em 24 horas, em períodos pré-estabelecidos (em média de 20 em 20 minutos).

O paciente vai anotando em um formulário especial suas atividades no período, além de eventuais sintomas, que serão avaliados posteriormente junto à análise das medidas por um médico cardiologista.

Doença silenciosa 
Como tem início lento e progressivo, é fundamental o controle periódico sob supervisão médica, para que sejam evitadas lesões em órgãos-alvo.

Vale lembrar que onde há vasos sanguíneos podem ocorrer alterações importantes, como impotência sexual, diminuição da audição, insuficiência das artérias das pernas e pescoço (carótidas). É o que se chama de comprometimento sistêmico, ou seja, de todo o organismo.

Em mais de 95% dos casos, a causa da doença é desconhecida, mas alguns fatores podem predispor ao seu surgimento, como a herança genética. Logo, se os pais ou parentes próximos são hipertensos, a pessoa tem muitas probabilidades de desenvolver a doença.

Não existe cura para a hipertensão arterial, porém o seu controle é bastante eficaz. O diagnóstico de hipertensão deve significar uma reformulação de certos hábitos de vida, que são os chamados tratamentos não farmacológicos e que envolvem o cuidado com a alimentação (com pouco sal e gordura), prática de exercícios físicos leves e freqüentes, suspensão do hábito de fumar e do abuso de bebidas alcoólicas, controle do estresse e manutenção do peso ideal.

Entretanto, muitas vezes, somente essas medidas não são suficientes para o controle da hipertensão arterial e é necessário o uso de medicamentos prescritos por médicos.

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